Silencie a Mente: O Poder do seu Ambiente no Controle da Ansiedade

Ruminação Mental, ansiedade e ambiente #Curando Interiores News 37

Você já se pegou presa(o) em um ciclo de pensamentos repetitivos e negativos? Esse estado, chamado de ruminação mental, é um dos maiores vilões da saúde emocional. Mas você sabia que o ambiente ao seu redor pode estar alimentando esse ciclo?

A ruminação mental é um ciclo repetitivo e exaustivo de pensamentos negativos onde a mente fica presa revisitando constantemente as mesmas preocupações, problemas ou eventos passados, sem chegar a soluções construtivas.

Não vamos confundir com reflexão ou ruminação construtiva, que são benéficas e necessárias que reforçam a memória e o senso crítico. Vamos falar sobre aquele ciclo repetitivamente penoso, que fica grudado como um chicletes na mente, indo e vindo num looping interminável ao longo do dia.

Mas isso serve para  qualquer pensamento persistente?

É preciso diferenciar e entender, pois podemos ter :

Ruminação construtiva (reflexão adaptativa): benéfica quando limitada a aproximadamente 15-20 minutos, 

Ruminação destrutiva: prejudicial mesmo em períodos curtos.

Ruminação mental negativa. Pensamento recorrente em looping.

Tem muitas variáveis sobre esta ocorrência dos Pensamentos Repetitivos e um estudo muito relevante sobre:

Watkins, E. R. (2008). Constructive and unconstructive repetitive thought. Psychological Bulletin, 134(2), 163-206

Com todo este potencial de ficar “tocando a mesma música na mente”, como ela se torna um fator de risco para ansiedade? 

Ansiedade como resultado?

Quando muito frequente, duradoura e de valência negativa, interferem no equilíbrio emocional e podem conduzir à quadros de depressão e ansiedade. Além de provocar aumento da pressão arterial, maior ativação do sistema nervoso simpático, recuperação cardiovascular prejudicada.

Ou seja faz mal para mente e corpo, aliás, esta divisão é somente para melhor entendimento pois, como separar mente e corpo? Vou citar uma frase inspirado de Mário Quintana, talvez referindo-se ou dualismo de Descartes. :-)).

“Deus criou o mundo com um astrolábio, um esquadro e um compasso. Mas os homens são diferentes: separam as coisas com uma faca.”

Mário Quintana

Ah, isso se manifesta em tantos assuntos: Na medicina tradicional que trata corpo e mente separadamente, na arquitetura e interiores, que ignora o impacto psicológico dos espaços e na própria linguagem que usamos para descrever experiências e outros tantos assuntos mais!

Ok, então a pergunta que não quer calar: Com separamos o ambiente desta ocorrência? Com a faca?? :-)).

O papel do ambiente:

O ambiente é um ator não humano que faz parte de todos as experiências que armazenamos na memória! Uma boa forma de entender isto é o "Método dos Loci" (em latim) ou "Palácio da Memória" que é uma poderosa técnica mnemônica que tem suas origens na Grécia Antiga. O primeiro registro histórico documentado desta técnica remonta ao século V a.C., através de uma história fascinante envolvendo o poeta Simônides de Ceos.

Estabelecer um ambiente imaginado e criar um caminho com cada elemento que deseja “guardar” na memória, esta é a tecnica do Palácio da Memória

Segundo a narrativa relatada por Cícero em "De Oratore", Simônides estava em um banquete quando foi chamado para fora do local. Durante sua ausência, o teto do salão desabou, matando todos os convidados. Os corpos ficaram irreconhecíveis, mas Simônides conseguiu identificar todas as vítimas recordando-se exatamente onde cada pessoa estava sentada durante o banquete. Esta experiência o levou a compreender o poder da associação espacial (ambiente) na memória.

A técnica consiste em:

1. Criar ou utilizar um espaço físico familiar na mente (como sua casa)

2. Definir uma rota específica através deste espaço

3. Associar as informações que deseja memorizar a locais específicos neste percurso

4. Recuperar as informações "caminhando" mentalmente por este espaço

Esta técnica foi amplamente utilizada por oradores na antiguidade greco-romana e continua sendo eficaz até hoje, sendo inclusive usada por campeões de memorização em competições modernas.

A forma como nosso cérebro processa e armazena informações está intrinsecamente ligada à nossa percepção espacial, reforçando a importância do design de ambientes no bem-estar cognitivo e emocional.

Soluções práticas e as respostas do ambiente:

Criar uma atmosfera positiva e amigável vai ajudar além do pensamento ruminativo, mas vamos às soluções para por em prática: 

1-Organize seu espaço para reduzir estímulos visuais: Um espaço bem organizado e com uma estética leve pode contribuir bastante.

2-Inclua elementos biofílicos, como plantas e texturas naturais, materiais como madeira e cores da natureza.

O ambiente é repleto de informações que a mente lógica ignora, no entanto a informação está continuamente chegando no nível abaixo da consciência. Ajustar o ambiente para o que precisamos corrigir, enaltecer ou minimizar é o que a metodologia BioNeuroFeng faz!

3-Crie seu cantinho de refúgio estratégico, se aplique em prática de Mindfulness, leitura, pranayama e faça pequenas pausas na atividade para prestar atenção na respiração, desacelerar e assim mudar e permitir que a mente saia do processo de looping ou ruminação.

4-Use iluminação indireta e suave para criar uma atmosfera de calma e relaxamento

5-Espaço de convivência e cultivo de laços: 

Para cultivar amizade e pessoas que você gosta de ficar na companhia, usar o tempo de modo prazeroso e compartilhado, com o chamado “Tempo de Qualidade”, estimulando assim a ocitocina e com ela, sensação de acolhimento e pertencimento.

6-Design Ativo:

Crie a possibilidade de fazer uma atividade física como yoga, pilates ou simplesmente se movimentar, dançar. Para isto pode ser preciso avaliar o layout ou disposição dos móveis, criar soluções com móveis multifuncionais e com alguns ajustes ter um espaço para atividade física.

Ter um espaço pequeno para prática física é sempre uma ótima idéia. Mesmo dentro de um espaço que tenha outra função, onde se possa afastar alguns móveis e criar espaço

Para concluir, deixo esta minha reflexão baseada no BioNeurofeng:

Transformar seu ambiente é mais do que uma mudança estética é um ato de cuidado com você!

Abraços

Maitê Orsi

Curando Interiores por Maitê Orsi

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