Quando descobri o modo fascinante de como nosso cérebro "lê" ambientes

Aqui está uma chave para entender como o ambiente determina ações, reações e decisões #news62

Você já entrou em um lugar e, sem saber explicar por quê, se sentiu imediatamente desconfortável? Ou o contrário - chegou em um ambiente e instantaneamente se sentiu "em casa”? Pois é, não é coincidência. 

Descobri isso primeiramente o Feng Shui e somado a ele, em um segundo momento, as Neurociências no âmbito do Design de Interiores e o resultado foi fascinante: Desde meus primeiros anos de pesquisa, lá no passado que iniciou-se com a inteligência do Feng Shui e a percepção que o conhecimento dele traz do ambiente e interações, depois,  mergulhei fundo em pesquisas sobre como nosso cérebro processa ambientes, e o que encontrei me deixou realmente fascinada:

O cérebro "escaneia" um ambiente em 0,3 segundos e já decide se você vai se sentir seguro, produtivo, relaxado ou estressado ali. 

Maitê Orsi

E aqui está o mais interessante: esse processo é totalmente inconsciente, mas completamente baseado em padrões neurológicos específicos

OS 3 "GATILHOS CEREBRAIS" que atuam no processo:

  1. O TÁLAMO (seu "porteiro neural")Primeira estrutura a processar informações sensoriais do ambiente e decide quais estímulos merecem sua atenção consciente e a implicação prática é: 

Ambientes com muitos estímulos visuais "sobrecarregam" essa área!

  1. O SISTEMA LÍMBICO (seu "detector emocional”) Processa cores, formas e padrões em milissegundos, gera respostas emocionais antes mesmo de você “pensar" 

Implicação prática: Certas combinações de cores, formas e padrões ativam calma, outras ativam alerta

  1. O HIPOCAMPO (seu "GPS interno”) Cria mapas mentais de como você se move no espaço Influencia memória e sensação de “pertencimento"

Implicação prática: Layouts (disposição de peças no ambiente), confusos geram micro-estresse constante.

Ao receber estes estímulos, leituras, o CÓRTEX PRÉ-FRONTAL  "SEU PLANEJADOR ESPACIAL” 

FUNÇÃO NO AMBIENTE, age na tomada de decisões sobre uso do espaço. Planeja as atividades no ambiente e cria controle executivo de comportamentos.  Avaliação consciente da funcionalidade.

Para o TÁLAMO: Quantas coisas disputam sua atenção visual? (Aqui menos é mais!)

Menos = melhor para concentração, mas cuidado muito pouco estímulo também pode conduzir a apatia e tristeza)

Para o SISTEMA LÍMBICO: Que emoção as cores ao seu redor evocam?

(Observe sua primeira impressão, sem pensar) Sempre chamo as cores de super poderosas, imagine que a mensagem dela é tão instantânea no nosso emocional que não usa intermediários, enxergou e já está sob o estímulo dela!

Para o HIPOCAMPO: Você sabe instintivamente para onde ir daqui? 

O cérebro em toda esta capacidade de buscar nossa proteção, buscar caminhos mais fáceis, seguros e agradáveis. Isso também é crucial, pois ele como órgão de maior demanda de energia no nosso organismo, prioriza sempre o próximo passo sob o crivo de economizar energia. 

Imagine você em uma floresta, chegando em lugar que tem dois caminhos, um esta organizado e limpo, dá para ver afrente, o outro parece incerto, você não consegue saber para onde conduz, não oferece visual. A resposta do cérebro será te conduzir ao mais claro, organizado, seguro e previsível, para facilitar e proteger.

(Caminhos claros = sensação de controle)

O ambiente pode e deve ser um aliado! Para resultados positivos, deve ser planejado para os melhores resultados

O QUE ISSO MUDA NA PRÁTICA:

Aplicar esses insights nos ambientes e os resultados foram imediatos, vou citar alguns exemplos de como por isso em prática:

✅ Home office: Reorganize baseado no "princípio do tálamo" → concentração sobe em torno de 40%

✅ Quarto: Ajuste de cores seguindo neurociência das emoções → dormir melhor (lembra do efeito imediato das cores e muitos detalhes que vão trazer o tão sonhado sono de qualidade)

✅ Sala: Redesenhar fluxos pensando no hipocampo → família se reúne mais quando o ambiente fica mais atraente (E olha que são mudanças simples, nada de reforma!)

Ajustes pontuais nos ambientes

Estes conhecimentos todos e muito mais estão na minha metodologia BioNeuroFeng.

A complexidade da “leitura do ambiente” tem muitos outros itens que trabalham de modo conjunto, porém hoje falamos de apenas três e seu planejador espacial (Córtex Pré Frontal) posso garantir que temos muito assunto para falar do chamado Sistema Nervoso e as relações dele com o ambiente. O nosso foco é entender como funciona para zelar do nosso ambiente de modo certo! Para que os resultados sejam os melhores para viver com qualidade, bem-estar e saúde e este é o foco exato do BioNeuroFeng.

Em uma próxima News, falarei sobre o wayfinding que envolve uma rede complexa de áreas cerebrais que trabalham juntas para permitir que as pessoas se orientem e se movimentem no espaço. 

Essa conexão BioNeuroFeng, neurociência+ tradição milenar + ambiente faz sentido pra você?

Responda este email me contando:

Você já percebeu que certos ambientes afetam seu humor/produtividade?

Tem algum espaço da sua casa/trabalho que "não funciona" bem?

Ficou curioso sobre aplicar esses conceitos?

Leio e respondo todos os emails pessoalmente.

PS:Estou considerando explorar mais profundamente essa intersecção entre neurociência e design de ambientes. Se o tema ressoa com você, me conta! 

Isso me ajuda a entender se vale a pena ir mais fundo nessa pesquisa.

Um abraço carinhoso

Maitê

PPS:Na próxima newsletter, posso compartilhar o "teste dos 5 sentidos neurológicos" que desenvolvi para diagnosticar ambientes. Só me avisa se há interesse!

No Ebook Quarto Regenerador você tem os princípios aqui expostos e adequados ao quarto e de modo fácil para aplicar! Clique no link abaixo:

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